A diminuição de imposto no Lucro Real é uma estratégia que requer planejamento tributário e financeiro cuidadoso. Empresas podem adotar diversas práticas legais para reduzir a carga tributária, como o aproveitamento de incentivos fiscais, a dedução de despesas operacionais devidamente comprovadas e a correta aplicação de benefícios previstos em lei, como a Lei do Bem ou programas de incentivo ao desenvolvimento regional.
Além disso, a revisão periódica dos processos fiscais, a adoção de um sistema eficiente de controle de custos e a análise constante da legislação podem permitir identificar oportunidades de otimização fiscal, reduzindo de forma lícita o valor dos tributos a pagar.
Imposto no Lucro Real: quais são?
No regime de lucro real, os principais impostos incidentes são o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Calcula-se o IRPJ com base no lucro real, ou seja, o lucro líquido da empresa ajustado por adições e exclusões previstas na legislação tributária, com uma alíquota geral de 15%, podendo ter um adicional de 10% para lucros que excedem um determinado limite.
A CSLL também é calculada sobre o lucro real e tem como objetivo financiar a seguridade social, com uma alíquota de 9% para a maioria das empresas. Além desses, as empresas no lucro real também precisam recolher o PIS (Programa de Integração Social) e a COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), que têm alíquotas combinadas de 1,65% e 7,6%, respectivamente, no regime não cumulativo. Calculam-se esses tributos sobre o faturamento da empresa, e eles variam de acordo com o setor e as atividades.
Como diminuir imposto no Lucro Real?
Para reduzir o imposto no lucro real, é fundamental adotar estratégias de planejamento tributário e financeiro. Desde incentivos fiscais até o planejamento constante, os mínimos detalhes podem fazer a diferença.
1. Aproveitar incentivos fiscais
- Lei do Bem: Empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D) podem se beneficiar da dedução de despesas relacionadas a esses projetos.
- Incentivos Regionais e Setoriais: Procure benefícios fiscais específicos para o setor ou região em que sua empresa opera, como programas de desenvolvimento regional ou apoio a determinadas atividades econômicas.
2. Deduzir despesas operacionais
- Controle de despesas dedutíveis: É possível deduzir despesas necessárias para a operação da empresa, como custos com pessoal, aluguel e transporte. No entanto, para isso, é essencial manter toda a documentação comprobatória e assegurar que essas despesas estejam corretamente registradas.
- Provisões: Algumas provisões, como de devedores duvidosos (PDD), podem ser dedutíveis. Por isso, planeje essas provisões para diminuir a base de cálculo do lucro.
3. Gestão de depreciação de ativos
- Aceleramento da depreciação: Alguns bens podem ter a depreciação acelerada, permitindo que o valor dos ativos seja deduzido mais rapidamente, o que reduz o lucro tributável.
- Controle de ativos imobilizados: Reavalie regularmente os bens da empresa para ajustar a depreciação conforme a legislação vigente.
4. Planejamento de estoque e custos
- Gestão de inventário: O correto controle do estoque e a avaliação precisa de mercadorias podem ajudar a determinar de forma mais eficaz o custo dos produtos vendidos (CPV), impactando diretamente o lucro real.
- Método de avaliação de estoques: Utilize o método que mais se adeque ao seu negócio, como PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) ou custo médio, sempre visando a melhor gestão de custos.
5. Revisão periódica de obrigações tributárias
- Revisão de processos fiscais: Realize auditorias internas ou contrate especialistas para revisar as obrigações acessórias e, assim, garantir que todos os créditos fiscais estejam sendo aproveitados.
- Aproveitamento de créditos de PIS e COFINS: Identifique e aproveite corretamente os créditos sobre insumos e despesas operacionais para reduzir o valor dessas contribuições.
6. Otimize o uso de prejuízos fiscais
- Compensação de prejuízos: É possível utilizar os prejuízos fiscais acumulados para reduzir o lucro tributável de anos posteriores, limitados a 30% do lucro real apurado no período. Portanto, planeje o uso desses prejuízos para otimizar a carga tributária.
7. Revisão do regime tributário
- Simulações de regimes: Embora o lucro real seja vantajoso para muitas empresas, é importante avaliar anualmente se outro regime, como o lucro presumido, seria mais adequado para o momento específico da empresa. Para isso, é preciso contar com uma contabilidade de confiança, que fará uma análise detalhada.
8. Gestão eficiente do fluxo de caixa
- Pagamento de tributos no prazo correto: Pagamentos antecipados ou fora do prazo podem gerar prejuízos financeiros. Por isso, planeje o fluxo de caixa para pagar os tributos dentro dos prazos estipulados.
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Por fim, é possível reduzir de forma lícita a carga tributária no regime de lucro real e melhorar a saúde financeira da empresa. Assim, para garantir o correto aproveitamento dessas dicas, é preciso contar com o apoio de uma equipe especializada.
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